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Apesar da prova seca do ano passado, ele afirma que esse ano sua performance foi melhor, mesmo sob chuva
1 Sob uma chuva torrencial em Dubai (Emirados Árabes Unidos), o etíope Haile Gebrselassie venceu a Maratona de mesmo nome na manhã desta sexta-feira (16), mas não quebrou seu próprio recorde mundial. Ele marcou 2h05min29, o oitavo mais rápido da história, e faturou 250 mil dólares pela vitória. Entre as mulheres, a vitória ficou com a etíope Bezunesh Bekele (2h24min02).
O dia amanheceu frio para os padrões da região do Golfo e os termômetros registravam 12ºC durante a competição. Haile e seus coelhos começaram a se deparar com a chuva a partir do quinto quilômetro e, mesmo tendo afirmado que o piso úmido prejudica sua performance, ele não parecia ser afetado pelas más condições climáticas.
Com parciais de 2min56 por quilômetro, ele passou a meia em 1h01min45, tempo que estava dentro do seu planejamento para bater um novo recorde mundial. Haile passou 20 segundos mais rápido do que a meia em Berlim quatro meses atrás, ocasião em que quebrou o recorde com 2h03min59.
Mudança – Na passagem do quilômetro 30 tudo parecia correr bem, já que o etíope estava com um minuto e meio de sobra em relação a seu planejamento, mas no momento em que o último coelho saiu, por volta do quilômetro 32 e com o aumento da chuva, as parciais aumentaram. Ele passou a correr a três minutos por quilômetro e estava visivelmente desconfortável com a camisa colada ao corpo.
Mesmo assim, ele ainda venceu a prova com mais de dois minutos de diferença para seu compatriota Edae Chimsa, que ano passado foi o sétimo colocado na prova. Edae marcou 2h07min54, levou 100 mil dólares e foi seguido por outro etíope debutante, Wendimu Tsige (2h08min41), que já atuou como coelho de Haile no passado e faturou em Dubai 50 mil dólares.
O sempre otimista Haile não encarou de forma negativa as adversidades encontradas. “Estou muito satisfeito com a minha performance, foi minha melhor atuação numa condição como essa”. Ele ressalta ainda que o problema não foi a chuva em si, mas a água no asfalto. “Após a metade da prova, no momento em que senti o vento e percebi as nuvens carregadas, sabia que o recorde estava perdido”, lamenta. “Existiu a possibilidade de eu abandonar, este clima é ruim para o músculo ísquiotibial. Este ano aqui foi melhor para mim do que em 2008”, completa sorridente, já que ano passado ele marcou 2h04min53 numa condição de pista seca.