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É muito comum o praticante de qualquer atividade física vir indagar sobre qual a melhor opção de hidratação durante e depois de treinos e competições. A boa notícia é que a prática de se hidratar já é uma realidade. Mas ainda temos a questão do que é melhor ou mais apropriado.
Em qualquer mídia você é exposto a inúmeros comerciais de bebidas esportivas e outras afins. Assim como devemos ter cuidados na escolha dos alimentos apropriados para a prática e após a mesma, o mesmo serve para os líquidos. Então o que é melhor?
Considerando-se que há perdas significativas de líquidos e minerais durante o exercício principalmente pelo suor (sudorese), nossa ingestão hídrica deve ser aumentada e cuidadosa para que a desidratação não interfira no desempenho.
Partamos para a corrida. Um fato a ser aceito por todos é que durante a corrida você perde líquidos de uma forma que dificilmente (para não dizer nunca) consegue manter o nível de hidratação inicial.
Sendo assim, a hidratação deve ser feita desde o início da atividade porque não importa apenas o quanto você ingere, mas também a freqüência. Até porque a sede é um sinal tardio de desidratação.
Em uma atividade como a corrida não teríamos muitos motivos para que a hidratação fosse feita com algo além da água caso a duração fosse até aproximadamente 1 (uma) hora. Isso porque as reservas glicêmicas de nosso organismo seriam suficientes para manter a glicemia sangüínea em níveis aceitáveis. Porém, ultrapassada essa duração, bebidas esportivas que contenham apenas carboidrato (as bebidas esportivas) seriam as alternativas mais interessantes por fornecerem substratos energéticos que retardariam a fadiga durante a atividade.
E os isotônicos? Para que não haja confusão, bebidas isotônicas são chamadas assim por conterem uma concentração de eletrólitos semelhante aos fluidos do nosso corpo e, portanto, podem ser incorporados e transferidos para a corrente sangüínea. Elas contêm também carboidrato que reduzem o esvaziamento gástrico. Por isso é que sua ingestão só é aconselhada para atividades com durações maiores.
O objetivo da ingestão dos eletrólitos dos isotônicos é a reposição do que foi perdido no suor. A reposição eletrolítica evita perdas de sódio que por sua vez ajudam a reter a água no organismo. Os carboidratos por sua vez, além de melhorarem o sabor, estimulam a absorção de líquido e dos eletrólitos e, como foi dito, são essenciais no retardo da fadiga;
Por linhas gerais, o leitor então deve saber que a hidratação com água é o suficiente até uma hora de duração. As bebidas esportivas durante a prática só é necessária após esse tempo, mas são uma boa alternativa para após qualquer prática. Enquanto as bebidas isotônicas são interessantes e realmente necessárias em esforços de maior duração (>2h00) em ambientes que propiciem grande sudorese como sob altas temperaturas e baixa umidade.
Prof. Danilo Balu